Esta fome, descrita por altos funcionários da ONU como "totalmente provocada pelo homem", resulta diretamente das restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária.

O Ministério da Saúde de Gaza reportou que pelo menos 281 pessoas, incluindo 114 crianças, já morreram devido a problemas causados pela desnutrição.

A reação do governo israelita foi de negação veemente.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o relatório da ONU como uma "mentira descarada", afirmando que "Israel não tem uma política de fome" e atribuindo a responsabilidade pela escassez ao Hamas, que acusa de roubar sistematicamente a ajuda.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita reforçou esta posição, acusando o IPC de basear o seu relatório em "mentiras do Hamas".

No entanto, a comunidade internacional reagiu com alarme.

O Canadá acusou Israel de tornar "a fome uma realidade devastadora para os palestinianos em Gaza" ao não facilitar a passagem de ajuda.

Quatro agências da ONU (UNICEF, FAO, PAM e OMS) emitiram um comunicado conjunto a apelar a um cessar-fogo imediato para permitir uma resposta humanitária em larga escala, afirmando que "a fome deve ser travada a todo o custo".