O primeiro é de natureza securitária: as autoridades egípcias temem que a ofensiva israelita provoque uma fuga em massa de civis palestinianos para o Sinai, o que poderia desencadear uma grave crise humanitária e de segurança. Um responsável egípcio, falando sob anonimato, classificou uma potencial entrada massiva de habitantes de Gaza como "uma ameaça à segurança nacional".
O Presidente Abdel Fattah al-Sissi receia que o Sinai se transforme num novo palco de confronto entre fações palestinianas e Israel.
O segundo objetivo é político.
A presença militar maciça serve como uma mensagem clara a Israel de que o Egito rejeita firmemente qualquer tentativa de deslocação forçada de palestinianos para o seu território ou para outros países.
Esta posição tem sido consistentemente afirmada por altos responsáveis egípcios, que advertem contra planos que visem esvaziar a Faixa de Gaza da sua população. Apesar de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem afirmado que "qualquer introdução de capacidades militares no Sinai é feita em coordenação com as IDF e com o nível político", a mobilização é amplamente interpretada como um sinal de alerta. A fronteira de Rafah, que antes era o principal ponto de entrada de ajuda humanitária, tem estado praticamente encerrada desde o início da ofensiva israelita, agravando a crise no enclave.












