O ministro da Defesa, Israel Katz, adotou um tom ameaçador, afirmando que “as portas do inferno abrir-se-ão sobre as cabeças dos assassinos e violadores do Hamas em Gaza” e que a cidade poderia “transformar-se em Rafah e Beit Hanoun”, áreas já reduzidas a escombros. Em preparação para a ofensiva, o exército israelita começou a contactar equipas médicas e organizações humanitárias para que se preparem para se deslocar para o sul.

Um porta-voz militar declarou que “a evacuação da cidade de Gaza é inevitável”. Esta perspetiva de deslocamento em massa provocou protestos de centenas de palestinianos na Cidade de Gaza, que se manifestaram com cartazes como “Não à deslocação, sim a ficarmos na nossa casa”. A reação mais significativa veio do Egito, que, temendo uma fuga em massa para o seu território, posicionou cerca de 40.000 soldados no norte do Sinai, ao longo da fronteira de 12 quilómetros com Gaza. Fontes egípcias afirmaram que Cairo encara uma chegada massiva de palestinianos como uma potencial ameaça à segurança nacional e que a mobilização militar serve também como uma mensagem a Israel de que rejeita qualquer tentativa de deslocação forçada.