Segundo o Qatar, o plano é “quase idêntico” a um rascunho anterior aceite por Israel.

O Egito também confirmou que “a bola está agora no campo israelita”.

Contudo, a resposta de Israel tem sido contraditória.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou o início de negociações, mas, simultaneamente, aprovou a intensificação da ofensiva na Cidade de Gaza.

A imprensa hebraica noticiou que uma reunião crucial do gabinete de segurança terminou sem que o tema do cessar-fogo fosse sequer debatido, indicando uma vitória da linha dura do governo, que se opõe a qualquer trégua.

Esta indecisão ocorre num contexto de forte pressão popular. Dezenas de milhares de israelitas têm saído à rua em Telavive e noutras cidades, em manifestações organizadas pelo Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos. Os manifestantes exigem o fim da guerra e um acordo imediato para o regresso dos cerca de 50 reféns que permanecem em Gaza, dos quais apenas 20 estarão vivos. Noam Perry, cujo pai morreu em cativeiro, declarou num protesto: “O povo de Israel vota com os pés: a nação quer que a guerra acabe e que os reféns regressem a casa”.