Peritos independentes das Nações Unidas condenaram os relatos de “desaparecimentos forçados” de palestinianos, incluindo uma criança, que procuravam alimentos em locais de distribuição de ajuda no sul de Gaza, acusações que foram prontamente negadas pela fundação que gere esses locais. Numa declaração conjunta, sete especialistas em direitos humanos da ONU afirmaram ter recebido informações sobre várias pessoas que desapareceram após visitarem os locais de distribuição em Rafah, classificando os atos como um “crime hediondo”.
Acrescentaram que o exército israelita terá estado “diretamente envolvido nos desaparecimentos forçados de pessoas que procuravam ajuda”.
Em resposta, a Fundação Humanitária de Gaza (FHG), uma estrutura apoiada pelos Estados Unidos e por Israel, negou as acusações.
Num comunicado enviado à agência France-Presse (AFP), a fundação afirmou que “não há provas de desaparecimentos forçados” dentro das suas instalações, embora reconheça operar “numa zona de guerra onde existem sérias alegações contra todas as partes que operam fora” das suas instalações. Os artigos sublinham o contexto perigoso destes pontos de distribuição, referindo que centenas de pessoas já morreram nestes locais, que têm sido alvo de críticas da ONU e considerados uma “armadilha a céu aberto”.
Em resumoA ONU levantou graves alegações de desaparecimentos forçados de civis em pontos de distribuição de ajuda em Rafah, implicando diretamente o exército israelita. A fundação responsável pelos locais nega as acusações, mas o incidente destaca a extrema perigosidade e controvérsia em torno da distribuição de ajuda humanitária em Gaza.