Esta investigação, publicada em três artigos idênticos, fornece um enquadramento estatístico para a escala da tragédia humanitária no enclave.

Embora os artigos não detalhem a metodologia completa ou os números absolutos que sustentam a percentagem, a conclusão de que a esmagadora maioria das vítimas não eram combatentes reforça as críticas internacionais sobre a proporcionalidade das ações militares de Israel. A informação surge num contexto em que o número total de mortos, segundo as autoridades de saúde de Gaza (controladas pelo Hamas), já ultrapassa os 62.700, um número que as Nações Unidas consideram fiável. A elevada proporção de vítimas civis tem alimentado acusações de crimes de guerra e de desrespeito pelo direito internacional humanitário, sendo um fator central nos apelos globais por um cessar-fogo imediato e na condenação de incidentes específicos, como o bombardeamento do Hospital Nasser. A investigação destaca que esta relação entre civis e combatentes mortos é “extremamente elevada para uma guerra moderna”, sublinhando a natureza devastadora do conflito para a população não combatente de Gaza.