A Casa Branca organizou reuniões para elaborar um "plano muito completo para o dia seguinte" em Gaza, envolvendo figuras como o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e Jared Kushner, genro de Donald Trump, mas sem qualquer responsável palestiniano. O próprio Trump lançou a ideia de uma tomada de controlo de Gaza pelos EUA para a transformar na "Riviera do Médio Oriente", sugerindo que os seus habitantes poderiam ser transferidos para o Egito ou a Jordânia, uma proposta rejeitada pelos países árabes e pela ONU.

Do lado israelita, as visões são igualmente díspares.

O gabinete de segurança de Israel aprovou um plano que prevê a criação de uma "administração civil pacífica não israelita". No entanto, o ministro das Finanças de extrema-direita, Bezalel Smotrich, apresentou um plano radical que contempla um ultimato ao Hamas para se render e, caso se recuse, a anexação progressiva de partes do enclave por Israel. Smotrich defende que os palestinianos deveriam deslocar-se para o sul de Gaza, enquanto Israel imporia um cerco no norte e centro.

O Hamas criticou este plano como um "apoio aberto à política de deslocação forçada e limpeza étnica".