A ONU alerta que esta medida, uma violação dos Acordos de Oslo, ameaça a própria viabilidade das instituições palestinianas e a estabilidade na Cisjordânia. O coordenador das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente, Ramiz Alakbarov, informou o Conselho de Segurança da ONU que, desde maio, Israel não transferiu quaisquer impostos aduaneiros cobrados em nome da Autoridade Palestiniana (AP). Esta prática viola os Acordos de Oslo de 1994, que estipulam que Israel deve recolher estes impostos e remetê-los à AP, constituindo uma parte substancial do seu orçamento. Desde os ataques de 7 de outubro de 2023, Israel tem retido parcial ou totalmente estas receitas, alegando que se recusa a financiar o Hamas. No entanto, a decisão está a ter um impacto devastador na Cisjordânia, comprometendo o pagamento de salários a funcionários públicos, o funcionamento de serviços essenciais e a estabilidade do sistema bancário.
Alakbarov alertou que esta retenção representa uma "grave ameaça à economia palestiniana" e que, "se não for resolvido, poderá ameaçar a viabilidade da Autoridade Palestiniana".
A situação levanta sérias preocupações na comunidade internacional sobre o risco de um colapso institucional, que poderia agravar a instabilidade social e política na região.













