No entanto, os dados do terreno pintam um quadro desolador.

O número de mortos por desnutrição e fome já ultrapassa os 330, incluindo mais de 120 crianças. A UNICEF relatou um aumento alarmante nos casos de subnutrição infantil, saltando de 2.000 em fevereiro para quase 13.000 em julho.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, exigiu o fim dos "obstáculos" e "mentiras" na entrega de ajuda, afirmando que "a fome da população civil nunca deve ser utilizada como método de guerra". A diretora da Save the Children descreveu um cenário de silêncio nas clínicas, "porque as crianças não têm forças para chorar", e a chefe do Programa Alimentar Mundial, Cindy McCain, testemunhou em primeira mão "crianças a morrer de fome". A situação levou o Canadá a acusar Israel de provocar a fome e o embaixador palestiniano a desafiar o Conselho de Segurança a visitar Gaza para constatar a realidade.