A crise alimentar atinge níveis alarmantes, com centenas de mortes por desnutrição, especialmente entre crianças.
A declaração de fome, baseada num relatório do Quadro Integrado de Classificação da Segurança Alimentar (IPC), um organismo da ONU, confirmou os piores receios da comunidade internacional.
A situação é descrita como uma "crise provocada pelo Homem", que poderia ter sido evitada.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, foi contundente na sua condenação, afirmando que "a fome da população civil nunca deve ser utilizada como método de guerra" e exigindo o fim das desculpas e obstáculos: “Chega de desculpas. Chega de obstáculos. Chega de mentiras”. O número de mortos por desnutrição ultrapassou os 300, incluindo mais de 120 crianças, com hospitais a registar óbitos diários.
A diretora-executiva da Save the Children, Inger Ashing, descreveu um cenário desolador, com clínicas silenciosas “porque as crianças não têm forças para chorar”. Apesar da gravidade da situação, Israel e os Estados Unidos rejeitaram as conclusões do relatório, com o governo israelita a classificá-lo como “fabricado” para “demonizar” o país e a exigir a sua retirada imediata.
Esta divergência aprofunda o impasse diplomático e dificulta a implementação de medidas urgentes para salvar vidas.














