Enquanto o Hamas intensifica os seus contactos diplomáticos para travar a guerra, o governo de Netanyahu mantém a sua recusa em seguir a via diplomática. O Hamas tem procurado ativamente canais diplomáticos para terminar o que o seu porta-voz, Taher al-Nunu, descreve como a “guerra de extermínio” de Israel.

Estes esforços incluem contactos intensificados com líderes e autoridades na região, num “amplo esforço diplomático no âmbito regional e internacional”.

Uma proposta de cessar-fogo, apresentada há duas semanas no Cairo por mediadores, foi aceite pelo Hamas, mas, segundo o Qatar, Israel ainda não forneceu uma resposta oficial.

Em vez disso, o governo israelita tem intensificado a sua ofensiva militar.

Fontes internas indicam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se recusa a “retomar a via diplomática para recuperar os reféns”, mantendo uma postura focada na continuação das operações militares.

O Hamas acusa Netanyahu de ter “planos contra todo o projeto nacional palestiniano” e de procurar “liquidar a causa palestiniana”. A proposta em discussão incluía, segundo relatos, uma trégua de 60 dias, a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos e um aumento da ajuda humanitária. A ausência de uma resposta israelita e a contínua escalada militar sugerem que as perspetivas de uma resolução negociada a curto prazo permanecem sombrias.