Esta discussão expõe profundas divisões na comunidade internacional e aumenta a pressão sobre o governo israelita.
A controvérsia ganhou destaque quando a comissária europeia espanhola, Teresa Ribera, classificou a situação como "o genocídio em Gaza", lamentando a "incapacidade da Europa para agir e falar a uma só voz".
Esta foi a primeira vez que um membro do executivo europeu usou tal termo, provocando uma reação imediata de Israel, que considerou as declarações "totalmente inaceitáveis" e acusou Ribera de se tornar "porta-voz da propaganda do Hamas". Oficialmente, a Comissão Europeia distanciou-se, afirmando que a classificação de genocídio compete aos tribunais.
A questão já está a ser analisada pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), após uma denúncia da África do Sul. A esta juntou-se a Associação Internacional de Académicos do Genocídio (IAGS), a maior organização de especialistas na área, que concluiu que "as políticas e ações de Israel em Gaza correspondem à definição legal de genocídio". Israel rejeitou veementemente este relatório, classificando-o como "vergonhoso" e acusando a organização de ignorar a "tentativa de genocídio do Hamas contra o povo judeu".
O Hamas, por sua vez, considerou a declaração da IAGS como mais uma prova legal dos crimes cometidos por Israel.














