Esta fragmentação diplomática dificulta uma resposta unificada e eficaz à crise.

A União Europeia tem-se mostrado particularmente dividida.

Enquanto países como a Alemanha insistem no direito de Israel à autodefesa, outros, como a Espanha, denunciam abertamente "o genocídio dos palestinianos em Gaza".

Esta cisão paralisa qualquer ação europeia concertada e foi evidenciada pela declaração da comissária Teresa Ribera, que classificou a situação como genocídio, em contraste com a posição oficial da Comissão, que remete tal classificação para os tribunais.

Numa abordagem mais assertiva, o Reino Unido ameaçou reconhecer formalmente o Estado da Palestina na Assembleia-Geral da ONU, caso Israel não aceite um cessar-fogo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, justificou a medida como uma resposta à crise e uma "responsabilidade histórica".

A Turquia foi ainda mais longe, suspendendo as relações comerciais com Israel, encerrando o seu espaço aéreo a voos militares israelitas e proibindo navios ligados a Israel de atracar nos seus portos.

Por sua vez, o Vaticano tem focado os seus esforços na diplomacia, com o Papa a receber o presidente israelita e a reiterar a defesa da "solução dos dois Estados" como "única saída para a guerra em curso".