Esta escalada representa um dos momentos mais críticos do conflito, que dura há quase dois anos.
O plano, aprovado pelo governo de Benjamin Netanyahu, prevê a convocatória de 60.000 reservistas numa fase inicial, podendo o número total necessário para a operação atingir entre 110.000 e 130.000.
O objetivo declarado é assumir o controlo total daquela que é considerada a capital de Gaza, desmantelar as restantes infraestruturas do Hamas e eliminar as suas últimas bolsas de resistência. As forças israelitas já avançaram sobre bairros como Zeitun e Shijaiyah, a oeste da Cidade de Gaza, transformando-os em “zonas de combate perigosas” e deixando um rasto de destruição. A operação implica o deslocamento de cerca de um milhão de habitantes, que ainda se encontram na cidade e enfrentam a dupla ameaça dos combates e da fome. A decisão de avançar com a ofensiva terrestre gerou divergências dentro do próprio aparelho de segurança israelita, com figuras militares, incluindo o chefe do exército, Eyal Zamir, a mostrarem-se reticentes.
No entanto, Netanyahu garantiu ter o apoio do presidente norte-americano, Donald Trump, para prosseguir com o plano, rejeitando a via diplomática para a recuperação dos reféns e optando por uma solução militar que promete ser longa e devastadora para a população civil que permanece encurralada na zona de conflito.














