Estas classificações intensificam a pressão legal e política sobre Israel, que as rejeita veementemente.

A comissária europeia Teresa Ribera tornou-se o primeiro membro do executivo da UE a classificar publicamente a situação como “o genocídio em Gaza”, criticando a “incapacidade da Europa para agir e falar a uma só voz”.

A Comissão Europeia distanciou-se, afirmando que tal qualificação compete aos tribunais.

Paralelamente, mais de 40 especialistas e relatores da ONU pediram uma reunião de emergência da Assembleia-Geral para abordar o “genocídio e a fome deliberada em Gaza”. O desenvolvimento mais significativo veio da Associação Internacional de Académicos do Genocídio (IAGS), a maior organização de especialistas na área, que concluiu que “as políticas e ações de Israel em Gaza correspondem à definição legal de genocídio”. Israel reagiu de forma contundente, classificando as acusações como “totalmente inaceitáveis” e “vergonhosas”.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Oren Marmorstein, acusou Ribera de se tornar “porta-voz da propaganda do Hamas” e afirmou que o relatório da IAGS “assenta inteiramente na campanha de mentiras do Hamas”. Por sua vez, o Hamas declarou que a inação da comunidade internacional perante estas evidências é uma “mancha de vergonha” e uma “ameaça direta à paz e à segurança internacionais”.