Entretanto, países como o Reino Unido aumentam a pressão, ameaçando reconhecer o Estado da Palestina.

As negociações, mediadas pelo Qatar e pelo Egito, parecem ter chegado a um ponto morto.

O porta-voz do Hamas, Taher al-Nunu, afirmou que o governo de “extrema-direita” de Israel se recusa a aceitar a proposta apresentada há duas semanas no Cairo, à qual o movimento palestiniano deu “sinal verde”.

Esta recusa em retomar a via diplomática, enquanto se avança com a ofensiva militar na Cidade de Gaza, tem gerado críticas internacionais.

O governo britânico, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, declarou a intenção de “reconhecer o Estado da Palestina ainda este mês”, durante a Assembleia-Geral da ONU, a menos que Israel aceite um cessar-fogo e se comprometa com uma paz duradoura. A Santa Sé também interveio, com o Papa Leão XIV a receber o presidente israelita e a reiterar a defesa da “solução dos dois Estados” e a necessidade de um “cessar-fogo permanente”.

O Egito, por sua vez, mantém a sua “linha vermelha” contra qualquer deslocamento forçado de palestinianos.

Apesar destas pressões, a ausência de uma resposta formal de Israel à proposta de trégua indica uma preferência pela continuação das operações militares, deixando a diplomacia paralisada.