Israel justifica esta tática alegando que as estruturas são utilizadas pelo Hamas como infraestruturas terroristas, enquanto o Hamas e observadores internacionais denunciam os ataques como crimes de guerra que visam o deslocamento forçado da população. O Exército israelita anunciou que iria iniciar “ataques de precisão” contra edifícios altos, argumentando que estes foram convertidos em “câmaras, centros de comando e observação, posições de atiradores ‘snipers’ e antitanques”. Num comunicado, as forças israelitas afirmaram que os combatentes do Hamas “instalaram equipamento de recolha de informações, explosivos e postos de observação” numa torre residencial de 12 pisos antes de a demolirem.

O ministro da Defesa, Israel Katz, partilhou vídeos das demolições nas redes sociais com mensagens como “Começámos” e “Continuamos”, sublinhando a natureza deliberada da estratégia.

O Hamas refutou veementemente estas justificações, considerando que “atacar torres residenciais cheias de deslocados” serve a Israel de “cobertura” para perpetrar “crimes de guerra em toda a regra que constituem um genocídio”. O grupo islamita alertou que o objetivo final é “destruir completamente a cidade de Gaza e impor o deslocamento forçado generalizado dos seus residentes”.

A destruição de edifícios icónicos, como a Torre Soussi de 15 andares, que implodiu em segundos, tornou-se um símbolo visual da devastação do enclave. Apesar de Israel afirmar que emite avisos de evacuação para “minimizar ao máximo o risco de baixas civis”, a destruição em larga escala de infraestruturas civis numa área densamente povoada levanta sérias questões sobre a proporcionalidade e a conformidade com o direito internacional humanitário.