A ação gerou uma condenação internacional generalizada e ameaça comprometer os esforços diplomáticos para um cessar-fogo em Gaza. O ataque de terça-feira, que Israel justificou como uma retaliação a um atentado em Jerusalém reivindicado pelo braço armado do Hamas, teve como alvo um complexo residencial onde se encontravam líderes do movimento palestiniano para analisar uma proposta de cessar-fogo mediada pelos Estados Unidos. A operação resultou em pelo menos seis mortos, incluindo cinco membros do Hamas e um agente de segurança catariano, Badr Saad Mohammed Al-Humaidi Al-Dosari. Fontes do Hamas confirmaram que, embora os principais líderes da delegação negocial, como Khalil al-Hayya, tenham sobrevivido, o seu filho e chefe de gabinete estavam entre as vítimas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assumiu total responsabilidade pela operação, declarando que Israel agiu de forma independente e emitindo um aviso contundente: "Digo ao Qatar e a todas as nações que abrigam terroristas: devem expulsá-los ou levá-los à justiça.
Porque se não o fizerem, nós faremos".
A reação do Catar foi imediata e severa.
O primeiro-ministro Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani classificou o ataque como uma violação da soberania do seu país que "viola toda a moralidade" e afirmou que o Catar "reserva o direito de responder firmemente a esta agressão flagrante".
A comunidade internacional condenou veementemente a ação.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, considerou-o um "incidente lamentável", enquanto a Casa Branca afirmou que o bombardeamento "não promove os objetivos de Israel ou dos Estados Unidos".
A União Europeia, a Rússia, a China e vários países europeus, incluindo Portugal, classificaram o ataque como uma violação do direito internacional, alertando para o risco de uma escalada regional. O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência, e os líderes árabes agendaram uma cimeira no Catar para discutir uma resposta regional, sublinhando o isolamento diplomático de Israel e o perigo iminente para a estabilidade no Médio Oriente.














