A escalada reflete uma dinâmica de ação e reação que ameaça a estabilidade regional.

Os Huthis, apoiados pelo Irão, têm lançado regularmente mísseis e drones contra Israel, a maioria dos quais são intercetados pelas defesas aéreas israelitas.

Estes ataques, segundo os rebeldes, são uma resposta à ofensiva israelita na Faixa de Gaza e um ato de solidariedade para com o povo palestiniano.

Em resposta, Israel intensificou as suas operações militares contra alvos no Iémen.

Foram reportados ataques aéreos israelitas que atingiram "campos militares", um "quartel-general de relações públicas dos Huthis e um depósito de combustível" na capital, Sana, e na província de Jawf. O Ministério da Saúde gerido pelos Huthis reportou um número significativo de vítimas, com um balanço a indicar 35 mortos e 131 feridos num único dia de bombardeamentos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adotou uma postura intransigente, declarando: "Continuaremos a atacar.

Quem nos atacar, será atingido".

Este ciclo de violência insere-se no contexto mais vasto da rivalidade entre Israel e o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão, do qual os Huthis fazem parte, juntamente com o Hamas e o Hezbollah.

Os ataques israelitas no Iémen visaram não só infraestruturas militares, mas também portos, centrais elétricas e o Aeroporto Internacional de Sana, agravando a crise humanitária num país já devastado pela guerra civil.