Israel justifica os ataques alegando que as estruturas são utilizadas pelo Hamas como infraestruturas terroristas, uma justificação que o Hamas e críticos consideram um pretexto para a destruição sistemática da cidade.

A tática de demolir edifícios proeminentes tornou-se uma característica visível da nova fase da guerra. O exército israelita anunciou que iria realizar "ataques de precisão" contra edifícios altos, argumentando que estes se tornaram "infraestruturas terroristas" que albergam "câmaras, centros de comando e observação, posições de atiradores 'snipers' e antitanques". Um dos exemplos mais notórios foi a destruição da Torre Soussi, um edifício de 15 andares que colapsou após explosões na sua base.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, partilhou o vídeo da demolição com a legenda "Continuamos".

O Hamas refuta veementemente estas justificações, acusando Israel de atacar "torres residenciais cheias de deslocados" como "cobertura" para cometer "crimes de guerra em toda a regra que constituem um genocídio".

O grupo islamita afirma que o objetivo real é "destruir completamente a cidade de Gaza e impor o deslocamento forçado generalizado dos seus residentes".

As forças israelitas afirmam tomar medidas para minimizar as baixas civis, emitindo avisos de evacuação antes dos ataques.

No entanto, a destruição em larga escala de infraestruturas civis, num contexto em que a ONU estima que cerca de um milhão de pessoas se encontram na região, levanta sérias questões sobre a proporcionalidade e a legalidade destas ações ao abrigo do direito internacional humanitário.