A ordem, divulgada pelo porta-voz do exército israelita, Avichay Adraee, instrui os residentes a dirigirem-se para a zona de Al-Mawasi, perto de Khan Yunis.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou a mensagem, declarando: "Digo aos residentes: foram avisados, saiam já!".
No entanto, a viabilidade e legalidade desta ordem foram imediatamente questionadas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou-se "consternada", sublinhando que a zona designada "não tem a dimensão ou o tipo de serviços necessários" e que quase metade dos hospitais em funcionamento se encontra na Cidade de Gaza.
A Amnistia Internacional foi mais longe, classificando a ordem como "cruel, ilegal e agrava ainda mais as condições genocidas", constituindo um crime de guerra e contra a humanidade.
Heba Morayef, da Amnistia, afirmou que "é evidente que Israel está determinado a perseguir o seu objetivo de destruir fisicamente os palestinianos na Faixa de Gaza". Philippe Lazzarini, da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), lamentou que Gaza esteja a ser "reduzida a escombros" e que se tenha tornado "um vasto campo de concentração para palestinianos famintos e desesperados". Apesar dos avisos, as autoridades de Gaza controladas pelo Hamas afirmaram que mais de 1,2 milhões de palestinianos se recusam a abandonar as suas casas no norte do enclave.














