Embora o Hamas se mostre disposto a negociar uma nova proposta norte-americana, o recente ataque israelita em Doha comprometeu seriamente o processo. As negociações pareciam estar a ganhar um novo ímpeto com uma nova proposta dos EUA.
O Hamas confirmou ter recebido "algumas ideias da parte dos Estados Unidos" e declarou estar "disposto a sentar-se imediatamente à mesa das negociações".
O movimento reiterou, no entanto, as suas exigências de um acordo que ponha fim definitivo à guerra e garanta a retirada das tropas israelitas. O Presidente dos EUA, Donald Trump, aumentou a pressão, emitindo um "último aviso" ao Hamas para que aceitasse as condições, afirmando que "os israelitas aceitaram as minhas condições".
Contudo, este frágil progresso foi abalado pelo ataque israelita em Doha, que visou precisamente a delegação negocial do Hamas enquanto esta se preparava para discutir a proposta.
O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, afirmou que o ataque demonstrou que Israel negoceia de má-fé e que a ação "matou qualquer esperança" de libertar os reféns.
O incidente minou a confiança no processo e levou a uma condenação generalizada, complicando o papel do Qatar como mediador e deixando o futuro das negociações num impasse, com ambas as partes a trocarem acusações e a manterem posições aparentemente irreconciliáveis.














