Com 142 votos a favor, 10 contra e 12 abstenções, a declaração demonstrou um forte consenso global.
Portugal, juntamente com potências como a China e a Rússia, votou a favor, enquanto Israel, os Estados Unidos, a Argentina e a Hungria se opuseram.
O texto, preparado por França e Arábia Saudita, apela a “medidas tangíveis e irreversíveis” para alcançar um Estado palestiniano “independente, soberano, economicamente viável e democrático”.
Um dos pontos mais significativos da resolução é a sua posição clara sobre o futuro de Gaza, estipulando que, no final da guerra, “o Hamas deve cessar o exercício da autoridade sobre a Faixa de Gaza e entregar as armas à Autoridade Palestiniana”.
Esta condição visa isolar o grupo islamita e fortalecer uma liderança palestiniana moderada.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, saudou a votação como um passo num “caminho irreversível para a paz”.
Em contrapartida, Israel reagiu com fúria, classificando a decisão como “vergonhosa” e um “incentivo ao Hamas”.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Oren Marmorstein, criticou a ONU por se ter transformado num “circo político alheio à realidade”.
A aprovação da declaração ocorre num momento em que vários países, incluindo Portugal, Canadá e Austrália, se preparam para reconhecer formalmente o Estado da Palestina.














