O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a organização está “consternada com a última ordem de evacuação”, salientando que a chamada “zona humanitária” para onde a população está a ser direcionada “não tem a dimensão ou o tipo de serviços necessários para apoiar os que já lá estão, muito menos os recém-chegados”. A sua preocupação centra-se no impacto devastador que a evacuação teria sobre o que resta do sistema de saúde. Ghebreyesus destacou que quase metade de todos os hospitais em funcionamento em Gaza, incluindo 36% de todas as camas hospitalares e 50% das camas de cuidados intensivos, estão localizados na Cidade de Gaza. “O sistema de saúde, que está em dificuldades, não se pode dar ao luxo de perder nenhuma das restantes instalações”, afirmou. Com a escalada da violência, os hospitais da cidade tornaram-se “uma enorme ala de trauma, sobrecarregados pelo fluxo de feridos e pela escassez de mantimentos essenciais”.
Perante este cenário, a OMS tomou a decisão de não abandonar a população.
“A OMS e os seus parceiros vão permanecer na Cidade de Gaza”, garantiu o diretor-geral, apelando à comunidade internacional para exigir um cessar-fogo imediato e o respeito pelo direito internacional humanitário.
Esta posição firme coloca a OMS em confronto direto com as diretivas militares israelitas, priorizando o seu mandato humanitário de proteger a saúde e salvar vidas.














