A operação visa desmantelar as capacidades remanescentes do Hamas e resgatar os reféns, mas tem provocado uma destruição generalizada e um elevado número de vítimas civis. As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram o avanço de várias divisões para o coração da cidade, com o apoio de intensos bombardeamentos. Em apenas dois dias, as forças aéreas e a artilharia atacaram cerca de 150 alvos, que o exército classifica como "alvos terroristas".
Esta definição é, no entanto, ampla, podendo incluir habitações civis onde se registou a presença de indivíduos ligados a milícias.
A operação inclui a demolição de edifícios altos, como torres residenciais, que Israel alega serem usados pelo Hamas para fins de vigilância.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, descreveu a situação de forma contundente: “Gaza está em chamas. As Forças de Defesa de Israel [IDF, na sigla em inglês] estão a atacar com punho de ferro as infraestruturas terroristas”.
O Hamas, por sua vez, considera a ofensiva “um novo capítulo na guerra genocida e na limpeza étnica sistemática” contra os palestinianos.
A comunidade internacional tem reagido com preocupação.
A alta representante da UE, Kaja Kallas, afirmou que a ofensiva “vai na direção errada, só vai trazer mais devastação”, enquanto a China instou Israel a “pôr fim imediato às operações militares em Gaza”.
A liderança da oposição israelita também criticou a operação, com Yair Lapid a classificar a conduta do governo como “amadora e desleixada”, questionando a ausência de um objetivo político claro.














