No entanto, a eficácia e segurança destas rotas são questionadas.

As estradas encontram-se congestionadas, com milhares de pessoas a fugir a pé ou em veículos sobrelotados.

A UNICEF descreve a situação como desumana, afirmando ser irrealista “esperar que quase meio milhão de crianças, feridas e traumatizadas por mais de 700 dias de conflito incessante, fujam de uma visão do inferno para outra”. A deslocação acarreta custos proibitivos para a maioria da população, com o aluguer de transporte e a compra de uma tenda a poderem custar até 2.000 dólares. A subnutrição infantil atinge níveis alarmantes, com a UNICEF a reportar que mais de 10.000 crianças na Cidade de Gaza necessitam de tratamento para subnutrição aguda. A OMS também criticou as ordens de evacuação, alertando que a área designada como humanitária “não tem a dimensão ou o tipo de serviços necessários” para acolher os deslocados, especialmente com quase metade dos hospitais funcionais localizados na zona de combate.

A situação é agravada pelo bloqueio à ajuda humanitária, que resultou numa fome oficialmente declarada pela ONU.