Estes ataques agravaram a já precária situação do sistema de saúde do enclave e geraram condenações por violação do direito internacional humanitário.

Um dos incidentes mais notórios foi o bombardeamento do Hospital Al-Rantisi, o único hospital pediátrico especializado em funcionamento na Cidade de Gaza. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, acusou Israel de ter atacado os pisos superiores do edifício por três vezes numa só noite, quando se encontravam 80 doentes em tratamento.

O hospital, que disponibilizava serviços vitais como oncologia e diálise pediátrica, já se encontrava sobrelotado devido à ofensiva.

Segundo fontes locais, o ataque foi realizado com recurso a drones.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reagiu com alarme, sublinhando que “o sistema de saúde, que está em dificuldades, não se pode dar ao luxo de perder nenhuma das restantes instalações”. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lamentou que os hospitais na Cidade de Gaza se tenham tornado “uma enorme ala de trauma, sobrecarregados pelo fluxo de feridos”. A destruição de infraestruturas não se limita aos hospitais; o exército israelita também tem demolido sistematicamente os edifícios mais altos da cidade, por vezes utilizados como abrigos por refugiados.

Estes atos inserem-se numa estratégia mais ampla que, segundo as Nações Unidas e várias organizações de direitos humanos, contribui para a acusação de genocídio contra Israel.