Sendo um dos principais mediadores no conflito, juntamente com os Estados Unidos e o Qatar, o Cairo desempenha um papel crucial nos esforços diplomáticos para alcançar a paz.
O ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty, foi inequívoco ao afirmar que o seu país não tolerará uma segunda “Nakba”, referindo-se à deslocação em massa de palestinianos em 1948.
“Somos firmemente contra qualquer tipo de deslocação do povo palestiniano. A própria noção de deslocação é corrupta do ponto de vista moral e legal, para não mencionar que é diretamente ilegal”, declarou Abdelatty.
O ministro sublinhou que a violação desta linha vermelha “teria repercussões graves para a segurança e estabilidade da região”. Apesar de criticar duramente as ações de Israel em Gaza, acusando o governo israelita de “lançar as sementes do ódio e da animosidade”, o Egito reafirmou o seu compromisso com o acordo de paz de 1979, que considera um dos “pilares da paz e da estabilidade na região”. Abdelatty destacou o papel pioneiro do Egito na busca pela paz, mas salientou que a responsabilidade é coletiva, apelando à comunidade internacional e ao Conselho de Segurança da ONU para agirem. O Egito também aplaudiu o crescente reconhecimento do Estado da Palestina por parte de vários países, descrevendo-o como “um passo significativo e histórico que reflete o crescente apoio global à causa palestiniana”.














