A comunidade internacional intensificou a sua resposta diplomática à ofensiva de Israel em Gaza, com a União Europeia a propor a suspensão de um acordo comercial bilateral e a Assembleia Geral da ONU a aprovar uma declaração de apoio à solução de dois Estados. Estas medidas assinalam um crescente isolamento de Israel e uma condenação mais assertiva das suas ações militares. A Comissão Europeia propôs a suspensão de disposições comerciais do Acordo de Associação UE-Israel, uma medida que, segundo a alta representante Kaja Kallas, teria um "custo financeiro muito pesado" para Telavive.
A proposta inclui ainda sanções contra ministros extremistas israelitas e colonos violentos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, reagiu acusando a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, de atuar de "má-fé" e de tentar contornar as regras do bloco. Paralelamente, o Presidente francês, Emmanuel Macron, acusou o governo de Netanyahu de estar a "destruir totalmente" a solução de dois Estados e advertiu que, se a ofensiva em Gaza continuar, a Europa terá de abrir "um novo debate" sobre a imposição de sanções. Na frente das Nações Unidas, a Assembleia Geral aprovou a "Declaração de Nova Iorque sobre a Implementação da Solução de Dois Estados" com 142 votos a favor.
O texto apela a medidas "tangíveis e irreversíveis" para a criação de um Estado palestiniano.
Israel condenou a votação como uma "decisão vergonhosa", argumentando que esta encoraja o Hamas.
Em resumoA pressão diplomática sobre Israel intensificou-se significativamente, com a União Europeia a avançar com propostas de sanções económicas e a Assembleia Geral da ONU a reforçar o seu apoio à solução de dois Estados. Estas ações refletem uma crescente impaciência internacional com a condução da guerra em Gaza e as políticas do governo israelita.