Estas ações agravaram drasticamente a crise humanitária, deixando os doentes vulneráveis e a população completamente isolada do mundo exterior.

O Ministério da Saúde de Gaza acusou Israel de ter bombardeado os pisos superiores do Hospital Al-Rantisi por três vezes, numa altura em que a unidade tratava 80 doentes.

Este hospital era o último centro médico especializado em pediatria na capital, oferecendo serviços vitais como oncologia e diálise.

O ataque insere-se num contexto mais vasto de pressão sobre o sistema de saúde, com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) a alertar que os hospitais de Gaza estão "à beira do colapso", com a violência a impedir o acesso e a entrega de mantimentos essenciais. Simultaneamente, os serviços de internet e telemóvel sofreram um corte generalizado em toda a Faixa de Gaza, coincidindo com o avanço dos tanques israelitas. Organizações de direitos humanos estimam que cerca de 800.000 palestinianos ficaram "completamente isolados", sem acesso a informações sobre a sua segurança ou sobre o paradeiro de familiares.

Um residente lamentou a situação, afirmando: "Estamos a gritar no vazio".

Este apagão de comunicações não só impede a coordenação de socorro, mas também dificulta a documentação de potenciais violações dos direitos humanos no terreno.