Estima-se que entre 450 a 900 mil pessoas se tenham deslocado, com as estradas costeiras congestionadas por famílias que fogem a pé, de carro ou em carroças. O destino é uma "zona humanitária" designada por Israel em Al-Mawasi, no sul, que já alberga aproximadamente um milhão de deslocados e, segundo as autoridades de Gaza, "carece por completo de artigos de primeira necessidade". Organizações como os Médicos Sem Fronteiras (MSF) descrevem a escolha da população como impossível: "ficar num abrigo (...) e sofrer as operações militares na Cidade de Gaza, ou deixar todos os seus pertences no norte e tentar ir para sul".
O sistema de saúde está à beira do colapso, como alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Hospitais como o Al-Rantisi, o único pediátrico especializado na capital, foram bombardeados.
A UNICEF reportou que mais de 10.000 crianças sofrem de subnutrição aguda. A Cáritas Internacional e mais de 40 ONG classificaram o ataque à Cidade de Gaza como uma "sentença de morte", afirmando que "a fome e o cerco aguardam-nas independentemente da escolha".













