Esta iniciativa visa reavivar a solução de dois Estados e aumentar a pressão sobre Israel para uma resolução pacífica do conflito.
A decisão de Portugal de oficializar o reconhecimento do Estado da Palestina insere-se numa iniciativa mais ampla que inclui países como Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Bélgica, Luxemburgo, Malta, Andorra e São Marino. O anúncio foi recebido positivamente pela Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), que o classificou como uma decisão "corajosa e coerente com o direito internacional" que "apoia os esforços para alcançar a paz e implementar a solução de dois Estados". A medida é vista por comentadores, como os da CNN Portugal, como um passo que "só peca por tardio".
A iniciativa surge num contexto de crescente frustração internacional com a estagnação do processo de paz e a contínua expansão dos colonatos israelitas.
No entanto, a decisão não é unânime.
O Japão anunciou que, por agora, não irá reconhecer o Estado da Palestina, afirmando que a questão é "quando o fazer" para que seja uma medida "verdadeira, prática e eficaz" para a solução de dois Estados. Em Israel, a perspetiva do reconhecimento é vista com apreensão por alguns setores, que a consideram uma ameaça à segurança do país, enquanto outros manifestantes anti-governo em Jerusalém a veem como uma "declaração no papel", defendendo que o essencial é um acordo de paz.













