O debate sobre o que fazer com Gaza após o conflito intensificou-se, expondo as profundas fraturas na coligação liderada por Benjamin Netanyahu.

O ministro da Segurança, o ultradireitista Itamar Ben Gvir, defendeu publicamente o aumento da intensidade dos ataques e a anexação.

"Precisamos de anexar a maior quantidade possível de território em Gaza", afirmou, sugerindo a construção de "bairros residenciais para polícias em Gaza, junto ao mar". Na mesma linha, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, sugeriu que, após a "fase de demolição", se deve decidir "como dividir os terrenos em Gaza".

Estas declarações são veementemente rejeitadas pela comunidade internacional, que as considera uma violação do direito internacional e um obstáculo à solução de dois Estados. Internamente, enquanto os apoiantes da linha dura veem estas propostas como uma reafirmação da soberania israelita, setores mais moderados alertam para o risco de um maior isolamento diplomático e de tensões com os Estados Unidos. A pressão da extrema-direita contrasta com as manifestações semanais em Telavive e Jerusalém, onde dezenas de milhares de israelitas exigem a demissão de Netanyahu, a libertação dos reféns através da negociação e o fim da guerra, que consideram servir apenas para "manter Netanyahu no poder".