Um exemplo claro do bloqueio foi o encerramento por tempo indeterminado da passagem de Allenby/Rei Hussein com a Jordânia, após um motorista de um camião humanitário ter matado dois soldados israelitas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu exigiu novos protocolos de segurança e o chefe do exército israelita aconselhou a suspensão total da entrada de ajuda da Jordânia.
Esta medida interrompeu uma das vias vitais para a entrada de bens no enclave.
A situação reflete um padrão mais amplo de controlo rigoroso por parte de Israel sobre o que entra em Gaza. As organizações humanitárias afirmam que o número de camiões autorizados a entrar (cerca de 230 por dia, segundo dados do exército) é largamente insuficiente para as necessidades da população, estimadas entre 500 a 600 camiões diários.
A ONU já havia declarado uma situação de fome no norte de Gaza em agosto, uma ocorrência inédita no Médio Oriente. Organizações como a Cáritas Internacional acusam Israel de estar a "obstruir deliberadamente as operações humanitárias", com camiões de ajuda a serem recusados e ONG internacionais a enfrentarem um "regime de registo opaco". Estas restrições sustentam as acusações de que Israel está a usar a fome como arma de guerra, uma alegação que o país nega, mas que ganha força perante a catástrofe humanitária no terreno.













