Os hospitais, já sobrecarregados, estão "à beira do colapso", com a violência a impedir o acesso e a entrega de mantimentos vitais.

O Ministério da Saúde de Gaza acusou Israel de bombardear o Hospital Al-Rantisi, o único hospital pediátrico especializado na cidade.

A crise alimentar é igualmente severa, com a ONU a ter declarado estado de fome em parte do enclave.

A UNICEF alertou que mais de 10.000 crianças na Cidade de Gaza sofrem de subnutrição aguda, uma situação que a porta-voz Tess Ingram descreveu como uma "ameaça mortal para os mais vulneráveis". Organizações como a Cáritas e os Médicos Sem Fronteiras (MSF) descreveram a situação como uma "sentença de morte", onde a população enfrenta uma escolha impossível: "fugir e arriscar a morte na estrada (...) ou permanecer e enfrentar bombardeamentos implacáveis".

Jacob Granger, dos MSF, sublinhou que não há lugar seguro em Gaza e que "o único obstáculo à entrada de ajuda humanitária em Gaza é o Governo israelita".