Estas tensões internas refletem um debate aceso sobre os objetivos da guerra e o futuro dos reféns.

Ministros ultranacionalistas da coligação governamental, como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, têm defendido publicamente medidas radicais para Gaza.

Ben Gvir, Ministro da Segurança, apelou ao aumento da intensidade dos ataques e à anexação do território, declarando: "Se é nosso, devemos afirmar com certeza que é nosso.

Esta é a nossa casa e vamos permanecer nela".

Smotrich, Ministro das Finanças, foi mais longe ao sugerir a divisão dos terrenos de Gaza após a sua "demolição" para construção, afirmando que "a fase de demolição é sempre a primeira fase da renovação urbana".

Estas declarações, que a comunidade internacional considera uma violação do direito internacional, contrastam com o crescente descontentamento popular em Israel.

Dezenas de milhares de manifestantes têm saído às ruas de Jerusalém e Telavive todos os sábados, exigindo a libertação dos reféns e o fim da guerra. Organizados pelo Fórum dos Familiares dos Reféns e Desaparecidos, os protestos responsabilizam diretamente Netanyahu, com palavras de ordem como "guerra de Bibi", e cartazes que pedem a sua demissão. Os manifestantes argumentam que a continuação do conflito serve apenas para "manter Netanyahu no poder" e que a negociação é a única via para recuperar os reféns e alcançar a paz.