A operação representa uma nova e destrutiva fase da guerra, que já dura há quase dois anos.

O exército israelita ordenou a evacuação em massa da população civil para o sul do enclave, uma diretiva que, segundo a ONU e relatos locais, provocou a fuga de centenas de milhares de pessoas em condições caóticas. As forças israelitas relataram ter atingido mais de 150 alvos, incluindo depósitos de armas, e “eliminado terroristas”, entre os quais Mahmoud Abu al-Khir, identificado como um chefe dos serviços de informações do Hamas. Numa declaração invulgar, o chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, apelou diretamente aos residentes de Gaza para que se revoltassem contra o Hamas, afirmando: “levantem-se e rompam com o Hamas!

Ele é responsável pelo seu sofrimento”.

Do lado palestiniano, os relatos descrevem um cenário de devastação, com bombardeamentos incessantes de aviões, tanques e drones que atingem zonas residenciais e causam um elevado número de vítimas civis. A Amnistia Internacional já tinha documentado um padrão de intimidação e repressão por parte do Hamas contra protestos pacíficos dentro de Gaza, dificultando qualquer dissidência interna.