A ‘Flotilha Global Sumud’, uma iniciativa internacional composta por ativistas, políticos e jornalistas de 44 países, está a navegar em direção a Gaza com o objetivo de entregar ajuda humanitária e quebrar o bloqueio naval imposto por Israel, gerando um clima de alta tensão no Mediterrâneo. A flotilha, que conta com a participação de figuras como a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e a ativista ambiental Greta Thunberg, partiu da Tunísia e tem enfrentado o que os organizadores descrevem como “operações psicológicas”.
Em comunicado, denunciaram a presença de “vários drones, objetos não identificados lançados, comunicações bloqueadas e explosões” perto dos seus navios, afirmando: “não seremos intimidados”.
Israel respondeu com um aviso claro, declarando que não permitirá que nenhum navio entre numa “zona de combate ativa” nem a “violação de um bloqueio naval legal”. O governo israelita propôs como alternativa que a flotilha atracasse no porto de Ascalon para que a ajuda fosse transferida por via terrestre, uma oferta prontamente rejeitada pelos organizadores. A flotilha argumentou que a proposta é “uma prática recorrente” para obstruir e atrasar a entrega de ajuda. Israel, por sua vez, acusou a iniciativa de servir os interesses do Hamas e de não ter um desejo genuíno de ajudar a população de Gaza.
Em resumoA missão da ‘Flotilha Global Sumud’ constitui um desafio direto ao controlo de Israel sobre o acesso a Gaza, destacando o debate global sobre a legalidade do bloqueio e a severidade da crise humanitária no enclave, num confronto que opõe ativismo humanitário a imperativos de segurança nacional.