O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alertou para o “crescente isolamento de Israel no panorama global”, defendendo que o reconhecimento do Estado palestiniano é “um direito, não uma recompensa”. A sua posição foi ecoada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, que acusou o governo de Benjamin Netanyahu de estar a “destruir totalmente” a imagem e credibilidade de Israel e de tornar a solução de dois Estados “totalmente impossível”, chegando a admitir a possibilidade de sanções europeias. O Qatar, um dos mediadores do conflito, acusou Israel de anular unilateralmente um acordo de cessar-fogo anterior. A China também se posicionou firmemente, com o seu Ministério dos Negócios Estrangeiros a declarar que “Gaza pertence ao povo palestiniano” e a apelar a um “cessar-fogo integral”. No entanto, esta crescente pressão diplomática contrasta com a posição dos Estados Unidos, que voltaram a bloquear uma proposta de resolução no Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo e acesso humanitário a Gaza, uma medida apoiada pela maioria dos membros.