Os manifestantes acusam Netanyahu de prolongar a guerra para se manter no poder, uma perceção resumida no slogan “guerra de Bibi”. Uma manifestante, Esther, de 71 anos, afirmou que “o único motivo para continuar a guerra na Faixa de Gaza é a preservação do poder” do chefe do Governo. Para além da libertação dos reféns, os participantes apelam ao fim completo do conflito para poupar vidas de ambos os lados.

A contestação interna é agravada pelas divisões dentro da própria coligação governamental.

Ministros de extrema-direita, como Itamar Ben Gvir, defendem abertamente a anexação de território em Gaza e a construção de novos colonatos, uma posição que aprofunda o isolamento internacional de Israel e gera alarme entre os setores mais moderados da sociedade israelita.

Os protestos também revelam uma desilusão com a estratégia militar, com manifestantes a argumentar que a guerra “perdeu o rumo” e não está a alcançar os seus objetivos declarados.