Esta vaga de reconhecimentos ocorre na véspera de uma conferência de alto nível nas Nações Unidas sobre a solução de dois Estados, com a França a anunciar a mesma intenção. A decisão coletiva representa um dos mais importantes esforços diplomáticos para revitalizar a solução de dois Estados, numa altura em que o conflito em Gaza se prolonga há quase dois anos e as negociações de paz estão paralisadas.
O movimento foi recebido com reações diametralmente opostas, ilustrando a profunda divisão global sobre o conflito.
A Autoridade Palestiniana, liderada por Mahmoud Abbas, e países árabes como a Arábia Saudita e o Qatar, saudaram a medida como um "passo corajoso" e um "apoio à paz".
O Hamas também considerou os reconhecimentos "uma vitória para os direitos do povo palestiniano".
Em contrapartida, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, condenou veementemente a decisão, classificando-a como uma "enorme recompensa ao terrorismo" e prometendo que "nenhum Estado palestiniano será criado a oeste do [rio] Jordão".
Adicionalmente, Netanyahu anunciou a intenção de expandir os colonatos judaicos na Cisjordânia como resposta.
A oposição israelita, por sua vez, culpou o primeiro-ministro por um "desastre diplomático", argumentando que uma abordagem mais ponderada poderia ter evitado este desfecho.
O embaixador de Israel em Lisboa afirmou que a decisão "prejudica qualquer perspetiva de paz". Esta dinâmica coloca o governo de Netanyahu numa posição de crescente isolamento, enquanto os proponentes do reconhecimento esperam que a medida crie um novo ímpeto para uma resolução justa e duradoura.














