A grave crise humanitária em Gaza, onde a ONU já declarou um estado de fome, é o pano de fundo para uma nova tentativa de quebrar o bloqueio israelita por via marítima. Uma flotilha internacional de ajuda humanitária enfrenta intimidação e avisos de Israel enquanto tenta chegar ao enclave. A "Flotilha Global Sumud", composta por cerca de 300 voluntários de 44 países, incluindo figuras como Mariana Mortágua e Greta Thunberg, partiu da Tunísia com o objetivo de entregar ajuda e denunciar o cerco a Gaza.
Os organizadores denunciaram "operações psicológicas", incluindo a presença de "vários drones" e "explosões" ouvidas perto dos seus barcos em águas internacionais.
Israel respondeu com um aviso firme, declarando que não permitirá que nenhum navio entre numa "zona de combate ativa" ou viole o que considera um "bloqueio naval legal". O governo israelita propôs que a flotilha atracasse no porto de Ascalon para que a ajuda fosse transferida, uma oferta que a flotilha rejeitou prontamente, considerando-a uma "prática recorrente" para obstruir e atrasar a entrega de ajuda.
Esta situação ocorre num contexto dramático: a ONU declarou fome em partes de Gaza, onde mais de 400 pessoas, na sua maioria crianças, já morreram de desnutrição.
O Papa Leão XIV também se manifestou, expressando solidariedade com a população que "continua a viver com medo e sobrevive em condições inaceitáveis".
Em resumoA tentativa da "Flotilha Global Sumud" de levar ajuda humanitária a Gaza evidencia a gravidade da crise no enclave, onde a fome já foi declarada pela ONU. A iniciativa enfrenta forte oposição de Israel, que a adverte para não entrar na "zona de combate", enquanto os organizadores denunciam intimidações, sublinhando o impasse contínuo no acesso de ajuda a uma população devastada.