A viabilidade desta solução, no entanto, é considerada como estando no seu ponto mais crítico em décadas.
Durante uma conferência de alto nível na ONU, o Secretário-Geral António Guterres alertou que "a viabilidade da solução de dois Estados está a deteriorar-se perigosamente" e sublinhou o "crescente isolamento de Israel no panorama global". Guterres foi enfático ao afirmar que o reconhecimento de um Estado palestiniano "é um direito, não uma recompensa", e questionou os opositores sobre qual seria a alternativa viável. Em linha com esta visão, a União Europeia, através da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, anunciou a criação de um "grupo de doadores para a Palestina" e um "instrumento específico para a reconstrução de Gaza". Outros atores internacionais também se mobilizaram: o Egito anunciou que irá acolher uma conferência internacional sobre a reconstrução de Gaza assim que um cessar-fogo for alcançado, e a China apelou a um "cessar-fogo integral em Gaza", reiterando o seu firme apoio à solução de dois Estados. Estes esforços diplomáticos concertados visam não só abordar a crise humanitária imediata, mas também criar um quadro político para o pós-guerra, embora enfrentem a forte oposição do atual governo israelita, que rejeita a criação de um Estado palestiniano.














