Os protestos exigem um acordo para a libertação dos reféns e o fim do conflito, que muitos consideram servir apenas os interesses políticos do chefe do governo. Em vésperas do Ano Novo Judaico, os manifestantes marcharam com bandeiras de Israel e fotografias dos reféns, entoando palavras de ordem que responsabilizam Netanyahu pelo seu cativeiro.
O sentimento predominante, captado em testemunhos, é que a guerra perdeu o seu rumo e a sua continuação serve um único propósito: "manter Netanyahu no poder".
Um manifestante declarou que "a guerra tem de acabar, já não existe razão para continuar e há muitas baixas dos dois lados". Os participantes, incluindo familiares de reféns e reservistas das forças armadas, acusam o governo de abandonar os cativos, desrespeitando o valor fundamental de que "ninguém fica para trás". Um sobrevivente dos túneis do Hamas, Lair Hornum, questionou diretamente a identidade nacional: "que tipo de país somos nós se abandonarmos os nossos?".
Os protestos refletem não só a angústia pelas 48 pessoas ainda em cativeiro, mas também a preocupação com o isolamento internacional de Israel e o custo humano do conflito para ambos os lados.
A contestação popular representa uma pressão interna significativa sobre o governo de Netanyahu, desafiando a sua liderança e a estratégia militar adotada em Gaza.














