Estas propostas, no entanto, enfrentam a incerteza sobre o fim das hostilidades e a ausência de um consenso claro sobre a futura governação do enclave.

Os Estados Unidos, sob a liderança do Presidente Donald Trump, apresentaram um plano a líderes de países árabes e muçulmanos que prevê a criação de uma força militar composta por nações da região para garantir a segurança em Gaza após o conflito.

Esta proposta surge no contexto de declarações da Indonésia, que se mostrou disposta a enviar soldados.

Paralelamente, a União Europeia está a focar-se na sustentabilidade económica e na reconstrução.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a criação de um "grupo de doadores para a Palestina" e um "instrumento específico para a reconstrução de Gaza", sublinhando que "qualquer futuro Estado palestiniano tem de ser viável, também do ponto de vista económico". O Egito também se posicionou como um ator central, anunciando que acolherá uma conferência internacional sobre a reconstrução assim que for alcançado um cessar-fogo. Do lado palestiniano, o presidente Mahmud Abbas já definiu uma linha vermelha, afirmando que o Hamas não terá qualquer papel na governação futura e prometendo eleições um ano após o fim da guerra.

Estes planos, embora incipientes, indicam um esforço concertado para evitar um vácuo de poder e uma crise humanitária prolongada em Gaza.