As negociações, mediadas pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, são marcadas por desconfiança e acusações mútuas, dificultando uma resolução para o conflito.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que Israel e o Hamas estavam "perto de chegar a algum tipo de acordo", mas sublinhou a exigência de que o Hamas liberte "todos de uma só vez" os 48 reféns restantes, dos quais se estima que 20 estejam vivos. No entanto, esta visão contrasta com a do emir do Qatar, Tamim bin Hamad al-Thani, que acusou Israel de ter anulado "unilateralmente" o último acordo de cessar-fogo, impedindo a libertação de mais reféns. Segundo o emir, o governo de Benjamin Netanyahu parece preferir a continuação da guerra em vez da libertação dos cativos, com o objetivo de expandir os colonatos e alterar o status quo dos locais sagrados.

O chefe do Estado-Maior israelita, por sua vez, apelou diretamente aos residentes de Gaza para que se levantassem contra o Hamas, afirmando que "a guerra e o sofrimento terminarão se o Hamas libertar os reféns e entregar as suas armas". Esta declaração insere-se na estratégia israelita de pressionar o Hamas através de operações militares intensivas na Cidade de Gaza, que, segundo o exército, visam criar as condições para a libertação dos reféns e a derrota do movimento islamita.