A grave crise humanitária na Faixa de Gaza, onde a ONU declarou estado de fome, motivou a organização da Flotilha Global Sumud, uma iniciativa internacional com o objetivo de entregar ajuda e desafiar o bloqueio israelita. A missão, composta por ativistas de 44 países, enfrenta intimidação e avisos diretos por parte de Israel, que a considera uma provocação ao serviço do Hamas. A flotilha, que partiu da Tunísia, conta com a participação de figuras como a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte, a atriz Sofia Aparício e a ativista ambiental Greta Thunberg. Os organizadores denunciaram a ocorrência de "explosões", a presença de "vários drones" e o bloqueio de comunicações enquanto navegavam em águas internacionais, descrevendo estes atos como "operações psicológicas" para os intimidar.
O governo israelita reagiu, afirmando que não permitirá que nenhum navio entre numa "zona de combate ativa" ou viole o "bloqueio naval legal". Israel propôs que a ajuda humanitária fosse descarregada no porto de Ascalon para ser transferida para Gaza, uma oferta que a flotilha rejeitou, considerando-a uma "prática recorrente" para obstruir e atrasar a entrega de ajuda. A organização humanitária acusa Israel de usar a fome como arma de guerra e de se preparar para responder violentamente contra a sua missão pacífica.
Israel, por sua vez, alega que a recusa da flotilha em aceitar a sua proposta demonstra que o objetivo não é humanitário, mas sim "abastecer o Hamas".
Em resumoA missão da Flotilha Global Sumud evidencia a tensão extrema em torno da entrega de ajuda humanitária a Gaza. Enquanto os ativistas denunciam intimidação e tentam quebrar o bloqueio, Israel mantém uma postura firme, prometendo impedir a sua chegada e acusando a iniciativa de servir os interesses do Hamas.