As acusações ganharam força e formalidade, transcendendo o discurso ativista.
Fontes noticiosas indicam que “uma comissão independente da ONU e relatores de direitos humanos, juntamente com organizações internacionais — algumas israelitas — e um número crescente de países, qualificam como genocídio a ofensiva militar israelita”. Esta perspetiva é reforçada por Shawan Jabarin, diretor da organização de direitos humanos Al-Haq, que argumenta que a intenção genocida era evidente desde o início do conflito. Ele recorda as declarações de altos funcionários israelitas, desde o Presidente ao ministro da Defesa, que afirmaram que “não há inocentes em Gaza”.
Para Jabarin, esta retórica serviu como justificação para uma guerra dirigida não apenas contra o Hamas, mas “contra um povo inteiro”.
As alegações não se limitam aos bombardeamentos; Israel é também acusado de usar a fome como arma de guerra, uma tática que visa criar condições de vida insustentáveis. A destruição sistemática de infraestruturas vitais, como o sistema de saúde, é apresentada como mais uma prova de uma política deliberada de tornar Gaza inabitável. Estas graves acusações representam um desafio significativo à legitimidade internacional de Israel e colocam as suas ações sob o escrutínio do direito penal internacional, incluindo no Tribunal Penal Internacional e no Tribunal Internacional de Justiça.














