No entanto, esta frente unida rapidamente se desfez.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, Ishaq Dar, fez uma declaração clarificadora no parlamento, distanciando o seu país da proposta divulgada.

“Estes 20 pontos que Trump tornou públicos não são os nossos.

(...) Foram feitas algumas alterações no rascunho que apresentámos”, explicou.

Dar acrescentou que o primeiro-ministro, Shehbaz Sharif, manifestou o seu apoio inicial sem estar ciente de que o documento tinha sido “substancialmente modificado”.

Este episódio expõe uma potencial falta de transparência no processo diplomático conduzido pelos EUA e as dificuldades em alinhar os interesses de múltiplos atores regionais.

Para reforçar a sua posição, Dar lembrou que a política do Paquistão, definida pelo fundador da nação, continua a ser a de não reconhecer o Estado de Israel. O incidente sublinha o desafio de forjar uma frente diplomática coesa no mundo muçulmano, onde, apesar de um desejo comum de paz, as abordagens, as linhas vermelhas e a influência de potências externas criam divisões que complicam qualquer resolução.