O líder da ala militar em Gaza, Izz al-Din al-Haddad, comunicou aos mediadores que não concorda com o plano. Segundo a BBC, al-Haddad acredita que a proposta visa aniquilar o Hamas, independentemente da sua aceitação, e, por isso, está "determinado a continuar a lutar".

Esta posição reflete uma profunda desconfiança em relação a Israel e aos mediadores.

Em contraste, parte da liderança política do Hamas, sediada no Qatar, estaria mais aberta a aceitar o plano com alguns ajustes.

No entanto, a sua influência parece ser limitada, uma vez que não detém o controlo direto sobre os 48 reféns que se acredita estarem ainda detidos em Gaza, dos quais apenas 20 estarão vivos. O dirigente Mohamed Nazzal reforçou a autonomia do grupo ao afirmar que "não aceita ameaças, ditames ou pressões", sublinhando que a resposta terá em conta os interesses palestinianos.

Esta fratura entre as alas militar e política representa um obstáculo significativo, pois qualquer acordo necessita da aprovação de quem controla as forças no terreno.